Cenário prático

Um border collie preto e branco

Conheça o CHAMP

Um Border Collie do sexo masculino, castrado, de 4 anos de idade

  • Champ está no hospital para vacinações e exame físico anual. 
  • Descrito por seu proprietário como um cão enérgico e atlético, Champ compete em provas de agilidade e pastoreio. Ele também “trabalha” no minifúndio do proprietário, ajudando a mover gado. 
  • O proprietário do Champ relata que o estresse relacionado à competição e à viagem, às vezes faz com que o Champ tenha fezes moles. O proprietário mudou o Champ para um alimento cru para lidar com as fezes moles, mas a mudança não resolveu o problema. 

PARA ENTENDER OS ALIMENTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Considerações Ao Escolher Um Suplemento Probiótico

Os probióticos são bactérias vivas que podem ajudar ꟷ por uma variedade de mecanismos ꟷ a manter a microbiota intestinal saudável e equilibrada e, portanto, promover uma boa saúde dos animais de estimação. Os probióticos oferecem uma abordagem atraente para o gerenciamento de algumas condições do trato gastrointestinal (GI) (por ex., diarreia), para a redução de comportamentos ansiosos em cães e muitos outros usos potenciais. Parte substancial deste apelo é que os probióticos oferecem a oportunidade de reduzir o uso de medicamentos ꟷ particularmente antibióticos ꟷ que poderiam potencialmente produzir efeitos adversos. 

Muitos produtos probióticos estão disponíveis para proprietários de animais de estimação, que podem não saber como selecionar o mais apropriado para seus animais de estimação. As equipes de saúde veterinária podem desempenhar um papel importante na educação dos clientes e na orientação de suas escolhas de suplementos probióticos. 

probiotics graphic

Principais mensagens


  • Nem todos os probióticos são iguais e intercambiáveis; portanto, é importante escolher um produto que tenha sido clinicamente testado e comprovado para fornecer o efeito desejado (por ex., favorecer a função imunológica, ajudar a tratar a diarreia ou abordar a ansiedade) e que contenha o que o rótulo diz que faz. 
  • Os efeitos dos probióticos são específicos para cada cepa. Diferentes cepas dentro da mesma espécie probiótica podem ter efeitos diferentes. 
  • Um animal de estimação deve receber a quantidade adequada de micróbios probióticos viáveis para que o produto possa conferir benefícios para a saúde. No entanto, mais não é necessariamente melhor, a menos que a pesquisa mostre benefícios com o uso de uma dose maior. 
  • Ao selecionar um produto probiótico, escolha um com estas qualidades essenciais ꟷ apoiado pela pesquisa em gatos e cães ꟷ para proporcionar os maiores benefícios: 
    • Segurança comprovada ꟷ Os estudos devem mostrar que o probiótico não se torna resistente a antibióticos, transmite resistência a outros microrganismos ou produz fatores patogênicos. Como pode ocorrer contaminação de probióticos comerciais, um bom probiótico deve conter apenas o(s) organismo(s) listado(s) no rótulo. 
    • Estabilidade documentada ꟷ Um probiótico deve ser puro, viável e estável até ser consumido, e deve sobreviver às condições de fabricação, envio e armazenamento. Além disso, os fabricantes devem garantir que uma concentração efetiva de bactérias probióticas vivas permaneça no produto no final de sua vida útil. 
    • Eficácia demonstrada ꟷ Estudos bem projetados devem mostrar que o probiótico selecionado produz efeitos benéficos para o transtorno específico nas espécies animais-alvo (por ex., diarreia crônica em gatos ou comportamentos ansiosos em cães). 
  • Outras considerações para escolher um probiótico incluem a facilidade de administração e a palatabilidade. 

Para compartilhar com o proprietário do animal de estimação:

Probióticos

Os probióticos oferecem muitos benefícios, mas com tantas opções disponíveis, os proprietários de animais de estimação podem não saber como seleccionar a melhor qualidade e a mais apropriada para as necessidades do seu animal

Recursos adicionais

Czarnecki-Maulden, G. (2008). Clinical nutrition ꟷ Using probiotics to optimize intestinal health. Veterinary Technician, 29(10). 

Hill, C., Guarner, F., Reid, G., Gibson, G. R., Merenstein, D. J., Pot, B., Morelli, L., Canani, R. B., Flint, H. J., Salminen, S., Calder, P. C., & Sanders, M. E. (2014). Expert consensus document. The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, 11(8), 506─514. doi: 10.1038/nrgastro.2014.66 

Rolfe, R. D. (2000). The role of probiotic cultures in the control of gastrointestinal health. The Journal of Nutrition, 130(2S Suppl), 396S─402S. doi: 10.1093/jn/130.2.396S 

Sanders, M. E. (2008). Probiotics: Definition, sources, selection, and uses. Clinical Infectious Diseases, 46(Suppl 2), S58─S61. doi: 10.1086/523341​

Weese, J. S. (2002). Microbiological evaluation of commercial probiotics. Journal of the American Veterinary Medical Association, 220(6), 794─797. doi: 10.2460/javma.2002.220.794 

Weese, J. S., & Martin, H. (2011). Assessment of commercial probiotic bacterial contents and label accuracy. The Canadian Veterinary Journal, 52(1), 43─46.​

Wortinger, A. (2019). Behind the hype: Prebiotics and probiotics for dogs and cats. Today’s Veterinary Nurse, 2(2), 14─18.